Inicia abril e o processo anda a passos lentos. Muito material para reaproveitar e pouco interesse em pagar esse serviço. Imaginem quanto poderíamos fazer pelo planeta se cada um de nós se importasse, realmente, pela preservação dos recursos naturais, reaproveitando o que já foi usado e deixando limpo um ambiente onde pisamos, respiramos, moramos e nos alimentamos? Não haveriam tantos deslizamentos, pois não se escavaria tanto a procura de metais, não haveria deslizamento, pois nosso lixo não iria para a terra onde pisamos, não haveria deslizamento, pois as árvores que cortamos para fazer móveis novos e papel novo, ainda estariam lá! Isso, se nos preocupássemos em reaproveitar tudo.
A falta de cultura em algumas comunidades não permite, que as pessoas entendam o grandioso projeto do reaproveitamento do lixo. Mas, é no meio da cultura de nossos governantes que esbarra a falta de apoio para dar continuação a tamanhos empreendimentos. Apesar de ampla divulgação de apoio, da parte dos governos, para preservação do meio ambiente, há um grande descaso em apoio direto e efetivo a muitos catadores que se dispõem a cuidar de nosso planeta. Certo é que, os catadores não entendem o tamanho da benfeitoria que fazem a todos os que estão no topo. Para que eles vivam em um ambiente mais limpo, bonito e sustentável, só dependem desses catadores. Porque, então, não existem mais olhos para essa benfeitoria? Quando perceberem o esquecimento e o descaso, será muito tarde. Muitos haverão morrido em deslizamentos, em doenças, em depressões e, porque não dizer, em guerra de disputa de um pouco de lixo que possa ter mais ou menos valor.
Os governantes deveriam ter um projeto para valorizar o lixo recolhido, muito mais do que as peças novas produzidas e, usar impostos da produção e venda das peças novas para fomentar esse serviço. Aí começaria, de verdade, a sustentabilidade.