sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Os Desafios

          O processo continua, com bastante tranquilidade de alguém que começa a dominar o conteúdo. O que era apenas escuridão e incerteza passou a ser conquista. Costumo brincar um pouco na empresa, que apesar de ser um serviço de desmanche, conseguimos uma nova profissão e que vai nos acompanhar por onde andarmos; e isso é muito bom!
          Ainda estamos na espera da licença ambiental, o que nos permitirá estruturar melhor o processo e contratar pessoas que venham a conhecer uma nova forma de trabalhar reaproveitando oque os outros descartam. Isso, claro, sem parecer catador de lixo. Não que catador de lixo não seja uma profissão mas ninguém gosta de contar que é. Agora, trabalhar em desmanche e separação de materiais reutilizáveis, com carteira assinada e direitos de um trabalhador, impõe, de forma diferente, a satisfação pessoal e o égo.
          Um grande problema que estamos enfrentando é o reaproveitamento dos plásticos. Uma ironia dizer isso em uma cidade que possui um crescimento diário de empresas de produtos à base de plásticos. Poucas se interessam em reaproveitar produtos recicláveis pois afeta a qualidade do novo produto. Talvez seja um pouco de desinteresse na preservação e sustentabilidade. Espera-se uma melhora nesse setor. Mesmo assim, é impressionante como dá para reaproveitar uma grande parte de tudo o que utilizamos na área da informática e telefonia. Isso faz com que o projeto da empresa siga adiante

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Parceiros

          Coisa boa é essa história de parceiros. Sempre se acreditou que um cliente e um fornecedor eram somente uma ligação casual de resultado de puros negócios. Mudanças oportunas da modernidade fizeram entender que uma empresa só funciona se existe fornecedor e comprador.
          Como experiência de um novo ramo de negócio, a cada dia, se conhece mais pessoas que trabalham com reutilização de materiais de diferentes segmentos e, que nos levam a aproveitar de uma forma correta e de grande importância para o meio ambiente, os mais diferentes materiais encontrados na empresa. Apesar de ser um trabalho minucioso e de muita paciência, devido a grande quantidade de minúsculas peças de diferentes materiais, o objetivo da empresa de reutilizá-los em sua origem ou permitindo a transformação em diferentes materiais, permite uma realização pessoal e profissional dos integrantes desse processo. Trabalhar em algo que nos permite realização pessoal, profissional e felicidade, não tem preço.
          A maior dificuldade está em conhecer materiais. No plástico existem diversos tipos e que não podem se misturar. Na parte pesada, muitos outros que se perdem até se fazerem conhecer. Fios, cobre puro, com capa, com banho. E por aí vai. Somente a curiosidade e a vontade de reutilizar de forma correta permite correr atrás do conhecimento e que se levará por todo o lugar onde estivermos.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Rotina de Trabalho

          Treinar pessoas para trabalhar em um desmanche com separação é algo complicado. Parece simples mas, não é. Tem que trabalhar de uma forma que se quebre o menos possível de peças. Mesmo sem um reaproveitamento, é importante mantê-las inteiras para melhor embalar e diferenciar umas das outras. Apesar que, a ideia de reaproveitamento deveria ser o foco principal. Faltam clientes, falta a garantia da durabilidade da peça por não saber quanto tempo de vida útil ainda possui.
          A empresa fez visitas em vários estabelecimentos comerciais de informática, contatos com empresas privadas e órgãos públicos, para divulgar o trabalho da reciclagem. O projeto foi aceito com muito entusiasmo e parceria, visto que, não se precisou mais ligar para oferecer os serviços de reciclagem com destino correto. Os contatos foram ligando e separando bastante material, proporcionando uma experiência diversificada em itens, tanto na informática quanto na telefonia.
          Outro projeto que teve um grande apoio do Colégio São Carlos, foi uma gincana entre duas turmas do 5º ano, do turno da tarde. Com uma duração de 2 meses e um empenho por parte de professores e alunos, contando com a parceria dos pais, foram arrecadados 1300 quilos de lixo eletrônico que foi encaminhado para a reciclagem. A empresa agradece a escola e todos os que fizeram parte dessa brincadeira. Estejam certos que, quem mais ganhou com isso, foi o meio ambiente. Parabéns turmas 51 e 52.

domingo, 18 de setembro de 2011

Início da Empresa

          Tudo começou com uma simples reportagem sobre lixo eletrônico na rede de tv aberta. Um assunto que passa despercebido, passou a me interessar. Não era uma expectativa de valor financeiro, mas uma proposta de melhorar a vida dos que viriam após nossa geração. É muito bom comprar um aparelho novo. Bonito, útil, moderno, atraente! Espera aí, se todos só comprarmos aparelhos novos, o que faremos com os antigos? Dar aos pobres? Temos que lhes dar estrutura para utilizar os nossos descartes, manutenção, antenas, baterias, pilhas, e tudo o que acompanham. Teriam condições de utilizar o que descartamos? Quase certos que não!
          Surgiu, então, a idéia de montar uma empresa de desmontagem e separação de materiais para aproveitar tudo o que era possível. Foram feitas muitas pesquisas sobre materiais e seu reaproveitamento, empresas que viriam a ser nossos parceiros. Surgiram muitas dificuldades mas, a maior, é de âmbito financeiro. Como imaginar que, um computador com todos os seus componentes, pode chegar a custar R$ 4.000,00 e na hora de desmontar e separar seus materiais, se resume a poucos reais; isso se não contar o custo do corte químico do vidro do monitor.
          O que foi projeto, tornou-se realidade em 01 de junho de 2011. Um começo sem saber onde começar. Não existe treinamento para desmontar um aparelho eletrônico, tem que observar como ele pode ter sido montado e tentar desmontar. Conforme se erra, se aprende. Todo dia é muita novidade e informação. Surgem diferentes tipos de materiais, de grande importância para o meio ambiente. Se faz necessária, a perspicácia. Descobrir que, nas menores peças estão os maiores valores. Mas, a maior dificuldade está em encontrar parceiros que queiram reaproveitar materiais de reciclagem.